Coletor é ferido com um corte na perna ao recolher sacos de lixo
Coletor ao manusear o resíduo sentiu que algo havia o ferido e automaticamente pediu para que o motorista parasse, e o mesmo teve de ser socorrido até uma Unidade de Pronto Atendimento
04/02/2015 00:00
Apesar das inúmeras matérias de conscientização que são desenvolvidas em rádios, jornais e TV, o número de acidentes com coletores em suas atividades de trabalho , continuam acontecendo com frequência na cidade de Rio Claro, e em sua maior parte, por descaso e falta de responsabilidade da população.
Na manhã de segunda-feira, um coletor teve sua perna perfurada profundamente por caco de vidro, que estava exposto sem o devido acondicionamento em um saco de lixo, em praça localizada frente ao Shopping Center Rio Claro. O coletor ao manusear o resíduo sentiu que algo havia o ferido e automaticamente pediu para que o motorista parasse, e o mesmo teve de ser socorrido até uma Unidade de Pronto Atendimento.
Segundo o Gestor e Educador Ambiental Éder Rodrigo Varussa, da empresa Ambientelix Serviços Ambientais Ltda, responsável pela coleta urbana, a incidência de materiais perfuro cortantes no lixo ainda vem assustando os profissionais que atuam na coleta. Segundo ele, só neste mês de Janeiro de 2015, já foram computadorizados vários acidentes com coletores, porém o mais grave ocorreu na manhã de segunda-feira.
O Educador Ambiental frisa que em reuniões efetuadas com os coletores na empresa, os mesmos fazem reclamações constantes, da quantidade de vidros pontiagudos que ainda são encontrados soltos nos sacos de lixo, e sem o devido armazenamento, provocando ferimentos em mãos e pernas, pois nem sempre os equipamentos de segurança suportam tal impacto.
O descarte dos materiais como: vidros quebrados, porcelanas, espetos de madeira de churrascos, lâmpadas quebradas, devem ser acopladas em várias folhas de jornais ou caixas de papelão evitando que estes atinjam a superfície externa e provoquem eventuais causalidades. Lembrando-se também das seringas e agulhas, que devem ser armazenadas em locais seguros como caixas de papelão ou descarpack e garrafas pets e direcionar diretamente a uma unidade de saúde mais próxima, pois estes tipos de resíduos são contaminantes e podem trazer doenças graves aos coletores no momento do recolhimento, frisa Varussa.
Outra questão relatada pelo Educador Ambiental é a dificuldade enorme em encontrar profissionais para a coleta, pois além da rotina árdua e um percurso de 30 a 40 km por dia nas ruas da cidade, de baixo de sol e chuva, os coletores ainda vem enfrentando estes acidentes graves em suas atividades de trabalho, o que contribue para uma certa evasão e falta de corpo funcional.
De acordo com Éder Varussa, sempre que é encontrado vidro no lixo, a equipe de Educação Ambiental dirige-se até o endereço diagnosticado, e faz um trabalho de orientação sério e rigoroso com a população das adjacências, instruindo-os e alertando-os sobre os reais perigos e solicitando colaboração para que não aconteça futuras ocorrências. "Entendemos que a população tem seus afazeres diários, mas isso não justifica o ato de desrespeito que vem acontecendo para com quem trabalha pesado na coleta urbana, pois transferir um problema ao seu próximo, é recuar-se do parâmetro de cooperação e consciência coletiva que deve envolver a sociedade como um todo", esclarece Éder Varussa.

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