Mesmo em meio a crise hídrica, consumo de água cresce em Araras
Volume de água tratada visando demanda diária bateu nos 37,7 milhões de litros na sexta (27); Saema reitera necessidade de economia, apesar da chuva, que não normalizou represas
03/03/2015 00:00
O volume de água tratado pelo Saema (Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente) para atender a demanda diária da cidade voltou a crescer. Bateu nos 37,7 milhões de litros na última sexta-feira (27), mesmo sem calor excessivo e sem feriados que, normalmente, contribuem para maior consumo de água.
Desde que o racionamento de água entrou em vigor, em outubro, intensificaram-se os apelos do Saema e da Prefeitura pela economia, que em alguns momentos, foi próxima do ideal para que cidade seja abastecida excepcionalmente quase que apenas pelo Rio Mogi Guaçu.
Segundo os registros do Saema, poucas foram as ocasiões em que o volume tratado ficou abaixo dos 29 milhões de litros diários, sendo que para equacionar a oferta com a demanda seria necessário que a população consumisse até 25 milhões de litros/dia.
Esse volume ainda representaria mais de 200 litros por habitante ao dia, mais do que os 180 litros diários por pessoas preconizados pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Se tormarmos por base os 37,7 milhões de litros tratados na última sexta, então teremos um consumo per capita dia acima de 310 litros.
“Sem dúvida que é uma conta simplificada, pois há consumidores não residenciais, mas, ainda assim, o que vemos é que o consumo sobe, especialmente em dias chuvosos, pois muitos podem ter a impressão equivocada de que as represas estão enchendo rapidamente e a crise hídrica passou, o que não procede”, diz Felipe Beloto, presidente interino do Saema.
Na última sexta-feira, o índice pluviométrico registrado pelo Saema foi de 13,9 mm. No sábado (28), o volume foi 5,2 mm.
“Precisamos economizar porque a crise hídrica está aí, é importante e temos que preparar nossos reservatórios para enfrentar o longo período de estiagem que começa em abril e vai pelo menos até setembro, outubro”, alerta ele.
Em janeiro deste ano, Prefeitura e Saema anunciaram um plano de metas, com medidas, de curto, médio e longo prazos, para assegurar o abastecimento de água à população local. Boa parte das ações de curto e médio prazos já está em andamento – como, por exemplo, aumento da captação do Rio Mogi Guaçu, desassoreamento e reflorestamento das represas, transposição de águas e perfuração de poços.

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