Aumenta o número de acidentes com coletores de lixo em RC

Nos últimos meses tem aumentado o número de acidentes ocasionados pela presença de materiais perfuro-cortantes no lixo comum, chegando neste primeiro semestre de 2015 a quase 40 casos confirmados.

22/06/2015 00:00

Os coletores estão entre os principais profissionais responsáveis por manter a cidade limpa, mas apesar de sua importância, se deparam com desafios constantes em suas atividades. O trabalho diário destes profissionais tem sido árduo e encontrado barreiras difíceis na cidade de Rio Claro, principalmente nos quesitos de colaboração e respeito.

Segundo dados do Departamento de Educação Ambiental da empresa Ambientelix Serviços Ambientais Ltda, responsável pelo serviço da coleta urbana, a população ainda está distante de uma equiparação entre cidadania e educação. O cenário em que se evidencia é uma falta de conscientização muito grande com as pessoas que atuam nos serviços de coleta.

O Gestor e Educador Ambiental, Éder Rodrigo Varussa relata que apesar dos trabalhos desenvolvidos com a comunidade nos bairros, e junto aos veículos de comunicação local, ainda se presencia um descaso muito grande com os profissionais que atuam na coleta de lixo urbana. As pessoas acreditam que tudo que não serve mais termina em um saco de lixo. Pelo contrário, é no saco de lixo, que se inicia as etapas principais, que é o armazenamento e manuseio correto dos materiais, para encaminhar ao ponto final.

Segundo informações do Educador Ambiental, nos últimos meses tem aumentado o número de acidentes ocasionados pela presença de materiais perfuro-cortantes no lixo comum, chegando neste primeiro semestre de 2015 a quase 40 casos confirmados.

Apesar das campanhas intensivas quanto ao cuidado que se deve ter com os materiais perfuro cortantes como: vidros, porcelanas, espetos de churrascos de madeiras, e outros materiais pontiagudos, que devem ser armazenados em várias folhas de jornais e acoplados em caixas de papelão, antes da deposição no lixo, também tem verificado a presença de resíduos da saúde junto ao lixo comum, como seringas e agulhas, o que torna a situação ainda mais grave.

Os resíduos da saúde dos hospitais e clinicas tem coleta e tratamento diferenciado no município. A população pode levar seu material utilizado em casa até uma unidade de saúde pública mais próxima da sua residência, não sendo necessário descartar no lixo comum, e trazer riscos aos coletores.

Os acidentes com estes materiais, causam problemas imediatos à mão-de-obra visto que muitos funcionários ao serem feridos tem de ser afastados imediatamente das suas atividades de trabalho sendo necessário uma readequação no quadro funcional, o que pode levar a atrasos e impactos na coleta.

“Se fizermos uma estimativa com os dados já registrados, teremos uma evolução significativa e preocupante no quadro de acidentes por materiais perfuro cortantes no lixo. Em 2013 foram 26 casos, em 2014 outros 54 casos e 2015 já são 40 acidentes confirmados somente no primeiro semestre”, pontua Éder Varussa.

 

 

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